SOBRE O LIVRO
Segundo Luiz Ruffato, que apresenta Jornal para eremitas aos leitores, há na poética de Eloésio Paulo uma coerência que não diz respeito à "rigidez de pensamento, até porque o poeta flerta com a anarquia". Nesse sentido, ainda conforme Ruffato, desponta em Jornal para eremitas "o esforço de desconstrução do mundo, a partir de uma visão desencantada da Humanidade. Mas há, sim, coerência".
Esta visão desencantada, de certo modo desiludida em relação ao mundo, não vem acompanhada de um peso dramático. Ao contrário, os poemas de Eloésio exploram um veio humorístico do maior refinamento.
Seus poemas destacam-se também pelo dominínio e pela mobilidade de técnicas adotadas no livro. Trata-se de um poeta que ao mesmo tempo leva a conhecer alguma da melhor poesia contemporânea escrita no Brasil, estabelecendo diálogos instigantes com a tradição e certas marcas de nosso tempo.
SOBRE O AUTOR
Eloésio Paulo nasceu em Areado, Minas Gerais, no ano de 1965. Trabalhou como jornalista, professor de colégios pré-vestibulares, professor universitário e dirigente de universidade privada. Desde 2006 é professor da Universidade Federal de Alfenas - Minas Gerais. Escreveu resenhas para o Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo e O Globo; é colaborador do Suplemento Literário. Publicou os livros de crítica Teatro às escuras; uma introdução ao romance de Uilcon Pereira (1987) e Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007), além das coletâneas de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (2000), Cogumelos do mais ou menos (2005) e Inferno de bolso etc. (2007).
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