sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Primeira Exposição da Divina Maria Café e Cultura: Teodoro Dias / Trabalhos Recentes


A primeira exposição em exibição na Divina Maria Café e Cultura é do artista plástico Teodoro Dias. O artista, que vive e trabalha em Poços de Caldas, apresenta um conjunto de trabalhos recentes: uma série de gravuras em metal nas técnicas “água-forte e água-tinta” além de uma pintura sobre madeira. A exposição apresenta também instrumentos e materiais utilizados no processo da gravura em metal.   

A carreira artística de Teodoro Carvalho Dias iniciou-se tardiamente, quando aos 45 anos deixou seu cargo de agrônomo para dedicar-se em tempo integral às Artes Plásticas, atividade que sempre cultivou paralelamente à sua profissão e que foi impulsionada pela presença do Instituto Moreira Salles, em Poços de Caldas.

Partindo inicialmente de um Desenho de observação naturalista, ingressou nas oficinas de gravura em metal mantidas pelo Sesc Pompéia - São Paulo em 1999 ,onde desenvolveu técnicas de gravação e impressão que embasaram seu trabalho. Teodoro Dias estudou com grandes nomes da gravura brasileira como Evandro Carlos Jardim e Claudio Mubarac.

A abstração apareceu em seu trabalho a partir de 2005, depois de um intenso contato com artistas, exposições e galerias que trabalhavam dentro deste cânone. Trabalhou inicialmente com esculturas em madeira de grande escala, cujas características predominantes eram corte e polimento de formas retilíneas; na gravura iniciou um projeto de alternância de campos verticais de tonalidades e linhas que deu origem aos dois trabalhos ora expostos no espaço Divina Maria Café & Cultura.



O trabalho em gravura em metal, intitulado "Os dias”, remete ao acontecimento diário de eventos que, se por um lado se repetem durante toda a vida, por outro faz que nenhum dia seja igual a qualquer outro em nossa existência. O uso de uma única matriz de cobre cuja superfície era alterada e impressa alternadamente deu origem às 240 gravuras que compõe o painel, num processo que, ao limite, seria infinito.



 No painel de madeira que compõe o segundo trabalho, o uso de ripas pintadas de diferentes cores em cada face e articuladas de maneira a permitir seu giro, gera uma pintura que se altera a cada movimento e possibilita diferentes interações tonais da obra, em que entram em jogo a cor, a luz e a proximidade do outro elemento.

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